No início de janeiro, estive num retiro de meditação Vipassana. Eu já havia participado do curso 3 vezes. São 80 meditadores, 40 homens e 40 mulheres. Os cursos são ministrados num centro que fica perto da cidade de Miguel Pereira, no interior do Rio de Janeiro. Os alunos não pagam nada para participar. O sistema sobrevive graças a doações de antigos meditadores, que continuam contribuindo para que outras pessoas tenham os mesmos benefícios que eles tiveram. Além das doações, outro fator que é vital para o sucesso da Vipassana é o trabalho dos voluntários (também chamados de servidores). Enquanto os alunos ficam dedicados exclusivamente ao aprendizado da técnica de meditação, voluntários organizam todo o ambiente para que ele seja o mais confortável e ideal para o meditador. Os voluntários preparam as refeições, cuidam da limpeza e ficam a total disposição para resolver qualquer problema que algum aluno possa vir a enfrentar.
Nessa minha 4ª vez no curso, decidi fazer parte do time de voluntários. Eu aprendi muitas coisas legais nesses dias e gostaria de compartilhar com todos essa experiência.
O primeiro fato que me chamou muito atenção no grupo de servidores é que ele é um exemplo perfeito de time auto-organizado. Não existe uma hierarquia pré-determinada. O que existe (e o que de fato faz com que equipes auto-organizadas funcionem) são: Continue reading